Para o meu pai que se foi

Pai... hoje essa palavra dói, quando sai dos meus lábios.

Tem a dor serena de saudade.

Infelizmente a vida é assim,

Geralmente os pais se vão

E deixam os filhos continuando a sua história.

Som os todos, uma história inacabada,

Mesclada nos capítulos da história de outras vidas.

Mas o vazio que fica, quando um daqueles

que nos deu a vida se vai, nunca será preenchido.

Meu pai foi um guerreira da estrada,

Enfrentava o sol e a poeira do chão,

Para ganhar o pão do nosso sustento.

Era um solitário do mundo, ele e o seu caminhão.

Minha vida tem muito mais lembranças de saudades,

Que de sua presença, que a distância me roubou

Por longos e longos anos.

E quando finalmente, chegou a hora de voltar para casa,

E abrir os braços para se fazer de colo,

Deus o levou...

Viu que o guerreiro merecia descanso

E não precisava sofrer com a amargura do mundo,

Enquanto olhando a vida passar,

Estacionado em nossa casa.

Levou-o para conhecer as estradas do céu...

Essas que a gente imagina existir entre as nuvens,

Onde caminham os anjos que cumpriram com amor,

Sua divina missão aqui na terra.

maria do rosario bessas
Enviado por maria do rosario bessas em 27/01/2012
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