Da dor da Morte

Hoje vi nimbos de lágrimas

desabarem de olhos tristes

sob olhares de invisíveis de anjos instrumentistas

harpas douradas anunciando

a abertura dos portões

E lá se vai a velha moldura de barro

ao pó retornando para se desfazer

em criptas obscuras num entulho de ossos secos

E a dor é o que resta nestes corações dilacerados

mas o outono sopra os gravetos ressecados

da saudade sob o luar das folhas mortas

para que o vento ao amanhecer

traga a chuva aos nossos jardins

de lírios e jasmins sob frágeis vasos de argila.

andrew
Enviado por andrew em 05/02/2007
Código do texto: T370709