Lágrimas ao vento

O vento a soprar meu olhar

Olhar triste de quem chora

Indo embora com o vento, o pensar

Porque na vida existe outr’ora

Incoerentemente desejo te sentir

E por ventura, seguir caminhos a fora

Mas a alma teima em persistir

Na dor que em mim apavora

Lutando contra as paixões da descrença

Necessito-me da ilusão do sonhar

E quem nunca sentiu a reluzente fluência

Que o coração sente ao amar

Entre jardins imensos sou um beija-flor

Que o amanhecer da natureza procede

E a sina do meu beijo enlanguesce com ardor

A pobre criatura que nessa terra helede

( Por Paulo Ricardo Silva)

Paulo Ricardo Silva
Enviado por Paulo Ricardo Silva em 26/09/2012
Código do texto: T3902711
Classificação de conteúdo: seguro