Aliança
Com palavras doces, tua voz acalma
Toda dor que me assombra a alma
Com jeito e carinho me acolhe e abraça
E a ti me seguro ao que o tempo passa
Olhos nos olhos e rosto colado
Esqueço a tempestade ao teu lado
Esqueço o mundo pegando fogo
Esqueço os temores e nasço de novo.
E onde quer que o vento sopre
Irei seguro de minha sorte
E não há palavras pra descrever a felicidade
De manter viva a nossa amizade
Teus braços e peito me trazem conforto
E me servem de leito quando estou afoito
Em teu respirar quente quando caio em sono
E no calor do teu corpo encontro um patrono
Tua ausência me desperta tristeza
Mas sinto tua presença na beleza
De cada amanhecer, cada desabrochar de flores
Em cada cheiro, cada som e cada mescla de cores
E onde quer que o vento sopre
Sigo em frente firme e forte
Com a convicção de que fui abençoado
Com a chance de estar ao teu lado
Jamais pudera conceber esse presente
Esse amor forte, grande e latente
Que resiste à tempestade e espera a bonança
E mesmo que não venha mantém firme esta aliança
Uma aliança resistente à distância, ao tempo e à gente
Aos desencontros do passado e também os do presente
Aquecida com conversas, desabafos, choros e risos
Amores, histórias, memórias, conselhos e avisos
E onde quer que o vento sopre
Oeste, leste, sul ou norte
Levarei sempre a honra no coração
De sermos bons amigos, oh, quão boa é essa sensação.
Em alguns versos quis agradecer
Por todo esse tempo e mais o que vai haver
Espero poder sempre estar, mesmo que simbolicamente, ao teu lado
E esse poema, Lanna, é minha forma de dizer obrigado.