MINHA BRANQUINHA

Naquela tarde, ao deitar, vieste em meus sonhos

Branquinha! Brincavas ao redor da cama,

Colocando os pezinhos nas sandálias de borboletas coloridas

Me olhando nos olhos, sorrias

Acordei saudosa daquele bebê

Foi tão real, que pude sentir o cheirinho.

Algum tempo depois veio a confirmação: já estava a te esperar

Longos meses, eu, às vezes, impaciente

Querendo logo te ver em meu colo, meu bebezinho.

Te esperei com tanta ansiedade, que quase vieste antes do tempo.

Em meu aniversário, te esperei como presente

Mas a natureza é sábia.

Passaste o meu... o do teu pai...

Chegaste no teu dia.

Pra ser a minha Anjinha, vieste igual ao sonho, minha branquinha

Hoje cheia de poses, me dizes, sorrindo:

Quero ser uma doutora, alta, loura... Que lindo!

Porque, pra mim, vais ser sempre a minha branquinha

Te quero sim, senhora doutora, que sejas alta e loura, Que sejas sempre feliz.

Sempre tão companheira, prestativa, cheia de vida

Nem lembro mais daqueles dias, em que eu passava a noite vigiando teu sono

Segurando a tua mão, por medo de te perder.

Tristes dias, que neles não quero pensar.

Emoção mesmo, foi no dia, ao pé da cama

Engatinhavas pela casa

Quando achaste a melissa da tua mana, aquela cheia de borboletas coloridas

Que no pé insistias em calçar; tive que conter o coração

Repetias os mesmos gestos do meu sonho,

Sejas muito feliz, minha doutora, alta e loura.

Simplesmente minha branquinha.

Dilene Moreira
Enviado por Dilene Moreira em 09/03/2007
Código do texto: T406500
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.