ELA É ASSIM

Ela é como chuva.
Mais pertinente analogia
Não lhe caberia
Que com este fenômeno atmosférico,
Pois que de humor varia,
Transitando entre a brandura
De uma garoa leve
Suave, serena e breve
A uma torrente incontida
Com raios e trovão,
Ao extremo de um furacão,
Feitio de feral fera ferida .
Mansidão de calmaria
Em mar. Este, na inespera, tempestuoso.
Onda marinha em refluxo
Ou oceânicas investidas nas ressacas.
Águas
Claras,
Azuis, verdes,
Baldeadas.
Hoje, a fúria.
Na manhã,
Rugindo em tempestade.
Amanhã,
(quem sabe, desnecessária a espera,
hoje ainda, num "mais tarde".
Assim, abstinente de alarde)
Esperável uma terna,
Suave e aconchegante brisa.
Até quando indefinida?







Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 11/01/2013
Reeditado em 14/01/2013
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