Rap para Xiaohua

O tempo apaga adornos e estórias

Palavras e contos de vidas inglórias;

Como o vento, exerce sua pressão

Levando grãos de areia e dentes-de-leão

Mostra a quintessência do que estava maquiado

Com exímia excelência desmascara o mascarado

Transforma o fogo vivo em incêndio apagado

Leva embora quem há pouco estava do seu lado

E a nós só nos resta ver o tempo passar

Esperando a melhoria no amanhã que vai chegar

Com fé em si mesmo, no céu ou com pé no chão

Mantendo a força sempre com calor no coração

Ignorando o ego, ignorando o drama

Sem baixar a cabeça quando passa pela lama

E a fama que se constrói por boatos

Se destrói quando desmentida por seus atos

De peito aberto, mão cerrada e sem fugir dos fatos

Desfazendo-se das hordas de cobras e ingratos

Só você sabe como acorda e dorme todo dia

Então pra quê ter medo de ataques da hipocrisia?

Não crisa, não brisa, se alimentar, dá cria

É pior do que praga e não é nem fantasia

Se vira, levanta, anda, sempre pro horizonte

Segue teu rumo, firme e sereno como um mastodonte

O resto, deixa que o fluxo do tempo se encarrega

Pois ao contrário do que dizem a justiça não é cega

Só não se faz sozinha, ela precisa de ajuda

E a ajuda acontece quando a gente muda

Muda os nosso hábitos, vidas, lugares

pessoas que fazem mal, ordinárias, vulgares

Mantendo sempre a consciência limpa, tranquila

Postura, você sabe, não fica botando pilha

Se anima que amanhã o dia é diferente

Estará melhor assim, apenas ande para frente

Então, não estressa

Se não conseguir, uma boa conversa

com amigos verdadeiros resolve

Cercada por boas energias o mal dissolve

Sobre isso tudo eu só digo: sorria

Ainda riremos dessa história um dia