Ao meu filho querido
 
O meu filho primogênito
Quando veio em rebento
Trouxe-me alegria e alento
Achei que seria meu unigênito
No mês de agosto o último dia
 
Envolto numa manta em silêncio chegou
E o enfermeiro mostrou ao pai orgulhoso
Não contive a emoção e num ato garboso
O amor revelado em lágrima rolou
No mês de agosto o último dia
 
O primeiro banho foi a tia quem deu
Já em casa o menino saudável crescia
Banhos de sol nas primeiras horas do dia
E em meio à harmonia o menino cresceu
E encheu nosso lar de intensa alegria
 
Pouco tempo ele ficou em sua cidade natal
Com três meses viajou e mudou pras Gerais
E na terra em que nasceu não voltou jamais
Só conhece por livro, revista e jornal...
À cidade marajoara que vivemos um dia
 
Mas o tempo passa e o menino cresce
E logo aparece um homem que um dia
Fora a criança de inocente euforia
Cuidado com carinho e muita prece
Desde aquele agosto em seu último dia
 
 BHZ - 10-Set-13 08:35