Manel: o barbeiro do Itajuru

A que saudades de Manel,

O barbeiro de grande coração,

Que pulava e desfilava no carnaval

Pela nação imperiana do bairro do Itajuru com maior emoção.

A sinuca era sua maior diversão,

Quando tinha tempo dava uma escapadinha da barbearia.

Manel um mestre para o seu filho e a todos em sua profissão.

A tesoura, o secador, o creme, o talco, a água, a navalha, o pente

E toalha eram os seus instrumentos de sua simplicidade.

Flamenguista de primeira,

Não fugia de nenhum corte,

Pois sempre tinha uma carta na mesa.

Tinha um defeito, que era fumar

Quase o dia inteiro,

Sempre ou às vezes acompanhado por um cafezinho

O seu ato libertino de fumar.

Na barbearia causos do Itajuru são contados

Por pessoas folclóricas do bairro ou não,

Sempre aos ouvidos e aos olhos atentos

Dos fregueses e claro do saudoso Manel, o barbeiro.

Quando eu ia na barbearia

Ele cumprimentava

Me chamando de flamenguista

E o mesmo eu fazia.

Lá quando minha vez chegava,

Sasá passava pela barbearia

E dizia: -Manel raspa todo o cabelo de Cocada!

E eu ria de alegria na barbearia.

Assim ficam os versos, as estrofes e o momento

Desse poeta cabo-friense e brasileiro

Em forma de homenagem a esse grande barbeiro,

que nos deixou pela imprudência de outro barbeiro.

a que saudades de Manel,

O barbeiro de grande coração,

Que pulava e desfilava no carnaval

Pela nação imperiana do bairro do Itajuru

com maior emoção.

(Rodrigo Octavio Pereira de Andrade)

Poesia publicada no Jornal de Sábado de Cabo Frio-RJ.

Rodrigo Poeta
Enviado por Rodrigo Poeta em 17/04/2007
Reeditado em 06/07/2008
Código do texto: T452535
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