ADMIRAÇÃO À VELHICE

Da velhice, admiro a mansidão

O olhar parado pronto pra receber

O perscrutar sempre respeitoso

A ausência de contestação

O cuidado com as palavras

A modulação da fala sem pontas

A linguagem do sorriso brando

Que vem do fundo do coração

Há poesia em seus rostos de paisagem

Sulcada pela vida e alguma candura

Caricias se escondem

No tremor de suas mãos

Há também poesias em seus olhos

Que disfarçam, mas falam, gritam

Imploram, suplicam

Centelhas de aceitação!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/03/2014
Reeditado em 12/09/2017
Código do texto: T4741593
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