Vitória de bracinhos curtos
Uma mente que se contrai... um lápis e uma folha em branco.
Um silêncio estridente, um olhar perdido e um coração preso ao chão.
Um inclinar de cabeça, pausa, indiferença e tormento.
Uma ferida que goteja. Pouco a se fazer. E lá vem outra alucinação.
Um pássaro preso em uma armadilha sob medida.
Uma corrente imperceptível nos punhos...outra vez ouve-se silêncio gritar.
Um velho verso. Não faz sentido. Uma velha voz. Calada.
Uma velha carta, um pedido, uma sentença e um verbo ainda por se conjugar.
Doce mesmo é a voz de quem fala mais alto que o silêncio.
Há brilho no olhar de quem vê além do que vai à moldura.
Cabe um universo em um abraço de bracinhos curtos.
É brisa em dia quente a companhia de quem nada se precisa esconder.
Um abraço, um bom dia, um sorriso....há VIDA enfim!
Há a sensação de que o mundo para! Se é que existe... Há VIDA enfim!
O imensurável prazer do reclinar de sua cabeça me meu peito... há VIDA em mim!
Posso ser eu mesmo? Dizer o que penso e sinto? E ouço: - Sim. Há agora em mim... VIDA sem fim.