Vitória de bracinhos curtos

Uma mente que se contrai... um lápis e uma folha em branco.

Um silêncio estridente, um olhar perdido e um coração preso ao chão.

Um inclinar de cabeça, pausa, indiferença e tormento.

Uma ferida que goteja. Pouco a se fazer. E lá vem outra alucinação.

Um pássaro preso em uma armadilha sob medida.

Uma corrente imperceptível nos punhos...outra vez ouve-se silêncio gritar.

Um velho verso. Não faz sentido. Uma velha voz. Calada.

Uma velha carta, um pedido, uma sentença e um verbo ainda por se conjugar.

Doce mesmo é a voz de quem fala mais alto que o silêncio.

Há brilho no olhar de quem vê além do que vai à moldura.

Cabe um universo em um abraço de bracinhos curtos.

É brisa em dia quente a companhia de quem nada se precisa esconder.

Um abraço, um bom dia, um sorriso....há VIDA enfim!

Há a sensação de que o mundo para! Se é que existe... Há VIDA enfim!

O imensurável prazer do reclinar de sua cabeça me meu peito... há VIDA em mim!

Posso ser eu mesmo? Dizer o que penso e sinto? E ouço: - Sim. Há agora em mim... VIDA sem fim.

Matheus Medeiros
Enviado por Matheus Medeiros em 10/09/2014
Reeditado em 10/09/2014
Código do texto: T4956183
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