Eu não me canso de olhar o cais

Ah, eu juro, de lá eu sinto a vida tecendo a paz.

O horizonte, o porto, meu mundo...

E eu não me canso de olhar o cais.

Eu juro, de lá tem um “Q” que se incendeia.

Como num cantar de uma sereia...

É poesia viva que renasce entre os corais.

As gaivotas, do porto, livres vagueiam...

Resvala n’alma o sonhar de uma vida inteira...

E eu não me canso de olhar o cais.

Ao longe eu vejo abraços e despedidas,

Num mesmo revoar a dor e a alegria...

No navio que chega ou no barco que vai...

E assim vou escrevendo em relevo sob a lua cheia,

A frase que do meu peito discorre pela areia...

“Eu não me canso de olhar o cais.”

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(Nelson R. Barros) –Fiz esse poema em homenagem ao porto da linda cidade de Guamaré-RN... Onde tive a honra de conhecer e me encantar com suas belezas e seu povo.