Paulista

Suas luzes são como olhos

Olham a minha alma e me enxerga por inteiro.

Seus prédios, a sua costela.

Que sustenta minha historia e acoberta meu paradeiro

Suas esquinas, veias pulsantes.

Misturando-se com as minhas de modo sorrateiro.

Nossos encontros, o segredo e o relicário.

O poeta e a sua loucura

O filme rumo ao cenário

Nessa louca vida noturna.

Mesmo descendo a Brigadeiro

Sob sua espreita

Com destino a Conselheiro

Pronta e perfeita.

A noite nos acoberta e o dia nos desconhece

Sob a lua e suas luzes sabes de mim plenamente

Quando chega o sol e a sombras de seus prédios

Sou apenas pedestre, ali andando esporadicamente.

Em seus entornos, Jardins e Bela Vista

Noites frias e quentes.

Emaranha-se minha história, querida Paulista.

E nem o tempo quebrará essas correntes.

Em cada farol, pedaço de calçada.

E ainda em cada placa empoeirada.

Segue boa parte da minha vida.

Ali eternamente cravada.

Lu R Fernandes
Enviado por Lu R Fernandes em 22/02/2015
Código do texto: T5145677
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