“AOS POETAS”
São como pássaros e solidão,
Luzes pousadas em postes...
São fontes desaguadas nos olhos,
Seguindo adiante e sangrando as nuvens...
São como miragens e delírios,
Um barco ancorado no Saara...
São nomes e homens ocultos,
Que no mundo não passaram em vão...
São fogueiras queimando no oceano,
Peixes em retidão...
São versos rimados nos lábios,
Transformados em canção...
São como imagens e verdades,
Traços escritos no diário...
São como profetas de nomes diversos,
Que do universo retratam a poesia...