Corpo extinto

Não me dês à vida

um corpo extinto

nem à morte

uma promessa vã

Transforma antes comigo

o impossível

em todos os possíveis

derrama no meu regaço

toda a eloquência deste milagre

que a vida nos dá, cada dia

e então eu ressuscitaria

cada momento do tempo

com a brevidade quântica

deste dia audaz

enfeitado em estilhaços carentes

de minha poesia

Onde pernoitares

deflagramos as doces palavras

que tanto bendigo

nesta emoção tamanha

neste meu norte profusamente

iluminado

na hora de cada milagre

suspirando por ti de afectos

implícitos, tácitos

de amor e vida demasiadamente

fascinados

FC – aos meus filhos Noemi, Ciro e Lucas

Frederico de Castro
Enviado por Frederico de Castro em 16/08/2015
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