Traslado

À Denilde Brasil

Quando o fundo era o próximo passo

E a cólera o refúgio de uma vida sem intuito

No dia do fim, com o espólio da perda na mão

Quando a consciência me esmagava

E a revolta me isolava, me deprimia

Na desventura irreversível da mágoa

Quando te falei da minha tarde

E no dia que adiei o fim, você o dissipou

Na minha rigidez triste conseguiu me dar acalanto

Hoje tenho um ofício, culpa sua eu não conseguir parar

Na minha noite despovoada, minha cabeça incomoda

Enquanto não sai dela para o papel

A glória, a fé, a paz, a verdade de tudo, a sua amizade.

Natal
Enviado por Natal em 25/06/2007
Código do texto: T541019
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