Keila

Te vejo branca como o leite,

assim deitada como uma criatura

rara

em suas perfeições

de bicho doméstico.

Te sinto perfumada,

como se dormisses um botão

e despertasses flor,

cuja a delicada forma

lhe traísse a própria realidade.

Nos lençóis dos quais emérgis,

és meiga, carinho, raio de sol...

comédia, sonho, melâncolia...

és vida, mãe, a chuva da madrugada...

Um combinado perfeito

de criança e mulher.

Os teus cabelos,

que se perdem quando neles

perco os meus dedos,

me dizem coisas que eu pensava

já extintas.

Agora dormes... E te amo!

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 12/07/2007
Reeditado em 14/09/2007
Código do texto: T561965