O poeta que morria

Shakespeare deu aos sonetos pura maestria,

Manoel moldou no barro, uma boa orgia.

Drumond via no caminho a pedra que ensistia,

Manol via no horizonte a folha que assovia.

A água ria agora, da tarde que caia,

A chuva como esmola, acalmava o quente dia.

Manoel guspia fora, uma boa poesia,

Sorte do menino do mato, que calado então sorria.

Uma pessoa normal diz que é pura utopia:

Um rato pagar um gato, pelo leite que o devia.

Manoal bem delicado fuxica a tarde que escorria,

Portinari retratava os conterrâneos da Bahia.

Bandeira via beleza, nas horas que eram cinzas,

Manoel concordava dando corda à fantasia.

Alguém de mim discorda, que invenção não é poesia?

Inventar é reavivar, o poeta que morria.

Will Guará
Enviado por Will Guará em 16/10/2016
Reeditado em 13/02/2017
Código do texto: T5793227
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