Carta para Marcos

Quando a vida me tirou pra dançar eu não pretendia sair do meu lugar? Mas ela chegou sem avisar uma raridade vestida de “Taj Mahal”?! Mas para tirar um homem da lama, um desempenho somente para uma mulher iluminada? Ela viu em mim, o que só “Deus” via? Pois a sociedade já sabia que o meu prescipício estava encomendado? Ela conseguiu o impossível, que era me levar ao altar?! E aceitou o desafio de ser mãe, e mostrou-me o mistério de como ser pai? Ah! Nosso amado filho?! Aparece você e desmontou o nosso pequeno mundo?!!! Metade de cada um de nós?! Mas para nosso júbilo você saiu melhor?! Você chegou de mansinho para não nos assustar, numa manhã fria do mês de maio, você veio para nos alegrar?! Me desculpe me faltam palavras para descrever nossa gratidão a Deus “pai” pelo presente maior que Ele quis nos dar?! Obrigado filhão você chegou onde não conseguimos chegar?!! Nós não merecemos tanto, mas o amantissímo criador nos deu esta responsabilidade de sua imagem representar?! O seu choro tão manso eu trago comigo para o meu dormir, e para o meu despertar?! Eu tinha ciumes de você agarrado ao vestido de sua mãe, impacientemente dizendo “cuque mamãe”, cuque mamãe, e olhar você a saborear aquele gostoso suco?! Mas quando saíamos para jogar nosso futebol juntos eu notava que os olhos de sua mãe ficavam a brilhar?! Harmoniosamente você tem os seus sonhos, e nossos sonhos você chegou pra realizar?! Agora de muchilas nas costas você bateu azas, deixou aquela casa que você sempre faz “brilhar”, é a lei natural seus pais emocionados ver você partir, sabemos que sua vida somente você sabe como construi-la! Hei filhão nos dê a sua mão, pois juntamente com você queremos voar! Da monotonia da Ilha da Fantasia veio nos tirar, do mundo real nos fêz participar?! Quando cabeceávamos bola a tarde na sombra ao lado da loja, ou sua chegada do colégio com sua alegria nos fazer babar?! Você faz a nossa alegria e a sua ausência a todo instante vem encher-nos de saudades a nos visitar?! Ah! Querido filho suas primeiras palavras nos acompanharão eternamente?! Quando você aparecia naquela esquina todo contente, em cima de seus patins velocissímos todo sorridente, a gente entendia o que nos estavas à dizer?! Obrigado meus queridos pais?! Nosso filhão? O filho dos sonhos de todos os casais?! Você se lembra, entre seis e sete anos, você levantava bem cedinho pulava no meio de seus pais, para a gente lutar, e enquanto eu não desse por entregue você não parava e sua mãe toda enciumada ficava dizendo para Marcos, seu pai já está velho?! Agora olhamos para aquela cama vazia e ainda conseguimos te ver?! O menino bom?! O bom menino?! Mas a vida nos tirou pra “dançar”?! Maravilhados vivemos o mistério?! porquê meu “Deus”, o nosso pássaro de ouro tem que voar?!!