DOS TECATE AND LIME

E era noite e era valsa

de furiosa guitarra

cigana, sereia, mundana

doce tez

sonha devassa

De olhar maroto e pedido

proposta em tom de falsete

desejos aqui e lá fora

confessados como momice

destilada na memória

certa cena de bar, mão unidas

penumbra a dois e haviam mais

invisíveis

irrelevantes.

A dor, oh! sempre essa louca

visita que jamais nos deixa

quase até companheira é

te trouxe frágil, ferida

me deu certificado

para cuidar do mal teu

guardião.

Esse ser

eu

machucado

Entre etílicos cafés

Em decadência sentimental

Um rodopiar louco

Um voar

Um astral

Um pequeno gesto e tal

Nada demais

Nada de mal

Pela mariachi e o sorriso

Pelos cantos mais escuros do que se ama

Cada dor é um pequeno orvalho

Cada noite tem lua

Cada lua

É mexicana.