DE PAU A PEDRA
Ser silvícola ou aborígine
Não nego minhas origens
Mas no fundo quem não é
Da queima sobra a fuligem
Porém erros que afligem
Não abalam minha fé
Da terra vem o sustento
Da benção vem o talento
E o brilho que me eleva
O bicho tem seu valor
E nunca perde o pudor
Por fato de ser da selva
Contudo são fezes tantas
Abundam...por que espantas
Pois isso a gente releva
Se não cursei faculdade
Então me falta maldade
Que em outra face estampa
Prefiro viver no mato
Que numa selva de asfalto
De pedras e não de plantas