DE PAU A PEDRA

Ser silvícola ou aborígine

Não nego minhas origens

Mas no fundo quem não é

Da queima sobra a fuligem

Porém erros que afligem

Não abalam minha fé

Da terra vem o sustento

Da benção vem o talento

E o brilho que me eleva

O bicho tem seu valor

E nunca perde o pudor

Por fato de ser da selva

Contudo são fezes tantas

Abundam...por que espantas

Pois isso a gente releva

Se não cursei faculdade

Então me falta maldade

Que em outra face estampa

Prefiro viver no mato

Que numa selva de asfalto

De pedras e não de plantas

Antonio Carlos Duarte
Enviado por Antonio Carlos Duarte em 27/10/2007
Reeditado em 10/07/2010
Código do texto: T712416
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