UM CAVALEIRO CAVALHEIRO
Rocinante em seu galope!
De La Mancha Dom Quixote!
Vai parvo conquistador
Conquistar o seu amor.
Frágil armadura latão,
Lança levada na mão,
Orgulhoso, cavalgava,
Loucos sonhos... Delirava.
Lutou moinhos de vento,
Fraca figura e talento.
Sancho Pança escudeiro
Protegia o cavaleiro.
Tão amada Dulcinéia
Somente na sua ideia
Existia de verdade;
Tinham todos piedade.
Surrado voltou ao lar
Que guardava seu lugar.
Pendurou lança e escudo;
Nunca mais cruzou os muros.
Essa então a triste historia
Toda por dentro e por fora,
Conforme Miguel Cervantes
Contou como ninguém antes.