Tristes badaladas

- Aos sinos da Velha igreja de

Santo Antão em Évora -

Batem Tristes, magoadas

Madrugadas, badaladas

Na igreja de Santo Antão

E a minh'Alma nesta Praça

Não se cansa e abraça

Cada instante de solidão!

Há um pedinte que passa

De olhar triste, sem graça

E soa o sino no torreão

Ai que triste Madrugada

Junto às velhas badaladas

Da igreja de Santo Antão!

Tudo passa, tudo sofre

E até daquele pobre

Que se arrasta pelo chão

Sinto passos e tormentos

Que me vem dos lamentos

Dos sinos de Santo Antão!

E oiço uma badalada

Oiço duas badaladas ...

Morri! Parou meu coração!

Batem tristes, magoadas

Madrugadas, badaladas

Na igreja de Santo Antão!