Foi um rio que passou na minha avenida

Tamanduá tem aí,

Na várzea do Tamanduateí.

Rio que corta o meu Estado,

A avenida do Estado,

Sólido, Líquido, Gasoso e,

Ainda, sujo e mal cheiroso.

Brilham as águas refletindo vapor de sódio e mercúrio,

Percebe-se a presença do enxofre.

Curva, postes, caminhões, caminhos...

E eu, caminho.

O tamanduá tá aí,

Fazendo a curva do rio,

Jantando formigas,

Deixando-me ir.