Poema ao Rio Paranaíba III
Poema ao Rio Paranaíba III
Restou saudade, misto de medo
por causa da pouca idade,
com grande ousadia, das pedras com
minha irmã desci chegando à sua margem.
São Simão, em baixo da ponte velha
coloquei os pés nas águas revoltas,
senti no corpo o medo, temor...
extasiei, senti horror.
Era jovem e nada temia,
Na mente grande ousadia,
Ver, sentir, tocar, era o que mais queria,
Ter prazer, era alegria!
Tantos cadáveres em seu leito!
Já não choras no peito,
seu travesseiro encharcado
do sangue derramado.
Hoje vejo que não ostentas no leito
A quantidade que outrora mantinhas
E todo o seu esplendor foi desfeito
Saudade! fica gravada, nas entrelinhas
Marta Peres