PAZ

Queria que fosse poesia,

Vibrante, bem íntima,

No coração de todos morasse.

Não fosse como é,

Privilégio de poucos, procura de muitos,

Alcance dos bons.

Os maus, também eu queria,

Soubessem um dia,

De sua existência.

A busca?

Tão simples, nem segredos possui.

É interior, gratuita, não se compra,

Menos se vende, basta olhar:-

A criancionha pura e graciosa,

Ela tem paz.

O velhinho sábio e vivido em anos,

Ele tem paz.

Os que buscam o amor, acima dos ódios,

Esses tem paz.

Espoliada, deturpada,

Usam-na para fins belicosos,

Já é conhecida, não é nova,

Bem antiga até.

Alguém, séculos atrás, eras distantes,

Muito dela falou,

Mas agora, por simbolismos,

Elegeram-na para reger tratados,

Trazendo esperanças, que eu queria,

Fossem realmente cumpridas.

Jairo Valio

11-05-2009