Moscou

Mal acordo, e o sol abriu os olhos antes de mim

Ai! Meus os, que coisa que invade assim

Não é nada sutil, queima os órgãos, antes russos

Como as montanhas sem alma, e mais como

No pico destas montanhas, que quase sempre estão em conjunto

Abraçam algum vale, mas o frio não vai-se

Foge! Como os órgãos russos, que são russos também

São os que correm, não conseguiram me achar

Mas, hoje, só hoje que é quente eu quero sair

Sou soberano de mim mesmo quando me tomo por liberdade

Sou o senhor dos meus exércitos

Vitima dos ataques entre os escombros tristes da nossa cidade

Cidades que já nem mais são cidades

Já que, cidade tem povo.

Dormi assim por comando, por comando. “Descansar!”

Em paz. Descanso entre dos canos de fogo, o som das marchas dos homens

Nem parecem mais homens, e nem apareciam mais homens

São incompletos sem seus amores

São incompletas como o amor não rastreado, camuflados

E a mente como míssel disparado! A saudade que consome o coração das expressões serenas

Ele não está entre nós. Ele não está mais entre nós, mas vencemos. Vencemos?

Animal, de homem civilizado não posso chamar

Por quem por vaidade quer matar

Matar é preciso, as velas já se recolheram, mas tem umas acesas

Matar é preciso. A fome. A sede, e morrer, só de prazer.

Pros olhos de animal, uma manhã só é uma manhã,

E por mais incrível que pareça, amanha será outra manhã

Nós não temos tanta certeza.