UMA CAIXINHA DE MÚSICA

No dia em que eu nasci
Disseram que eu não chorei
Com o olhar eu fiz festa
E logo depois cantei...
Acredite quem quiser
Mas eu lhes posso afirmar
Que no exame do pé
Notas de música estavam lá;
Eu até creio que sou
Uma caixinha de música
Que a vida toda tocou
E em notas bem agudas
Por isso enquanto eu canto
O pranto que alguns choram
Inverto o meu próprio pranto
Que muitos ainda ignoram.
E se eu nasci cantando
O que ninguém entendeu
Prossigo cantarolando
Transformando o pranto meu.


Brasília, 25/08/2010