O SOM DO SILÊNCIO

Esse murmúrio que ouço

Nas horas mortas da noite,

É a voz do rio que canta,

É a relva verde que dança,

Ao som do vento que uiva.

É o balé lúdico das gotas de orvalho

Que rolam no tobogã das folhas.

É a florzinha que estréia

Embalada nos braços da poesia.

É a folha nova que nasce

No lugar da velha que cai.

Nada nesse momento funciona,

Toda vida estaciona,

Só a natureza inspeciona,

Esse sagrado ritual.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 14/10/2010
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