LIBERDADE E PAZ

Dispo-me do irredutível luto

Que teima em pousar sobre meu riso.

Entrego ao vento, a roupagem do passado

Para que possa deixar no vácuo da noite

As limitações impostas pelo medo.

Sem segredos, liberto-me e despeço-me

do amargo tempo dos infelizes.

Parto, com a candidez infante,

Que jorra dos dentes brancos da paz.

E nesse metamórfico momento,

Meu coração dá a luz

A nudez da liberdade.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 29/10/2010
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