A MORTE E A MÃE

É contra o relógio que vou

Nada mais pode me deter aqui

Que eu vou cantar onde antes

Apenas as crianças mais puras pisaram

E lá plantaram sem as sementes

Mas apenas com o amor vindas das mães-velhas

E suas lágrimas caem e correm

E rios são nascidos da dor

Ah essa dor! No peito daquela que te cria

Mãe, você é o milagre cujo amor nasce da dor em seu ventre

... a mãe não deve ficar sozinha e há de não estar

Pois encontrarão forças no fundo do coração

Ao fundo o trovão e no céu um clarão

Mas a alma está agora enegrecida pela angústia

Para onde vão os anjos quando morrem?

Anjos sequer deveriam morrer...

Se acordarem enquanto durmo

Então é porque sonharei

No sonho dos que sofrem

A dor é quem aquece e a tristeza nos alimenta

Oh, tristeza! Eu que não queria mais te ver

A morte não se parece natural quando a mãe é quem entrega seu filho

Pássaro das Palavras
Enviado por Pássaro das Palavras em 11/04/2011
Código do texto: T2903236
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