LETRAS

Á tarde, enfastiado olhar, da espera, porém.

Cansada eu, quando naquela linda manhã.

Absorta numa alameda, silenciada também.

Dormente sol pintou na tarde, a cor de maçã.

E pousando, com desajeito perfeito, em ti.

Até bem do fluxo, aonde vinha a felicidade.

Numa fresta, quando a lua espiou-me, senti.

O calor imenso, em mutirão, em veracidade.

Calou-se a demolição, em coragem baldia.

Temor dissolvido, na imersão daquele mar.

Sorrio, conto estrelas, depois daquele dia.

Porque comigo mantinha ,a graça de amar.

Nem arrazoando saudade, nem vendo voltar.

Onde recurvos encolheram, minhas alegrias.

Vivas agora, ocres tardes, eu consigo sonhar.

Engavetando letras, apuradas em cortesias.