MAIS DISCERNIMENTO AOS HOMENS DE BOA FÉ NO VINDOURO ANO

Autora – Regilene Rodrigues Neves

Cada ser humano é único

No universo de Deus

Escolhidos por Ele

Entre bilhões de espermatozóides

Em diferentes personalidades

Com o propósito de amar

O próximo como a si mesmo

E sermos uma única família

Amando-o sobre todas as coisas!

Ele amou tanto cada um de nós

Que deu em sacrifício

Seu único Filho Jesus

E através desse Filho

Tudo suportou por nós

E nós em nossos antepassados

O levamos a morte

Apedrejado e crucificado

Colhemos dessa morte

Uma doença na alma

Uma maldição que assola a humanidade

Uma doença chamada maldade

Todos nós pregamos uma áurea de bondade

Que sai da nossa boca,

Mas que não vem dos nossos corações

Na alma não a praticamos em verdade

E a lançamos dia a dia no mundo

Em invejas, egoísmos, orgulho,

Ambições advindas da materialidade

Num corpo preparado por Deus para o Amor!

Hoje espalhamos guerras e ódios

A alma sofre e o corpo padece

Em conflito de gerações

O homem colhe frutos de sementes

Maledicentes no espírito

Vemos naufragar dia a dia

Aquele amor nos dado em vida

Resgatado através da morte

Em perdão por nós,

Mas nosso egoísmo é tamanho que nos cega...

As famílias dominadas pela soberba

A mãe já não abraça e nem beija

Mais seus filhos no ventre

Os pais rejeitam sua geração

De um ato volúvel de um prazer

Sexual momentâneo

E vidas vão ficando pelos caminhos

Da inconseqüência dos nossos atos...

O fruto é frágil

Sem alicerces que o ergam

Numa base chamada AMOR!

Mas lembramos de clamar:

Deus onde estas que não vês

Os sofrimentos, as dores do mundo,

As pestilências, as guerras, a miséria, o ódio...

E nós o que fazemos vestimos a capa da inocência

E gritamos não temos culpa

Apedrejamos nossos semelhantes

Com rajadas de maldades e iras dia a dia

E queremos suplicar Deus em piedade,

Piedade que não praticamos no coração

A língua nos castiga e amaldiçoa

Em cegos atos de vingança

Em laços intrínsecos de amarguras

Matamos nossos pais odiamos nossos irmãos

A Fé é alimentada de covardia

Deus é alguém que aprendemos em herança

Suas palavras meras utopias

Na nossa mesa não existe Paz!

Quem sabe o dia que acordarmos de tudo isso

Não seja tarde demais para lembrarmos

De pregar o amor dentro e fora da nossa casa

Começando antes de apontar o dedo no próximo

Apontar a nós mesmos

Só assim construiremos um ano melhor...

Que a Fé em Deus comece através dos nossos atos

Para que ele não tarde a nossa liberdade e um ANO NOVO

Possamos receber em verdade e amor pela vida merecida

E um novo caminho de Paz seja construído!

Em 31 de dezembro de 2007

Amigos, poetas, enfim, leitores deste maravilhoso Recanto das Letras. Peço permissão para aqui deixar um momento de Reflexão a todos, até mesmo a mim que me enquadro muitas vezes no texto, não estou dando lição de moral em ninguém porque sou tão imperfeita quanto todos, mas me veio em inspiração e quis partilhá-la, meu OBRIGADA a todos e meu FELIZ ANO NOVO estendido de coração aberto em muito Amor pelo meu próximo com as imperfeições que me implicam, mas tentando alimentar o melhor em mim e exteriorizá-lo em poesias...