Decidi que amo...

 

Amo esta dor que me consome

e me faz viva

O salgado dessa lágrima

que me aperta contra a parede

Essa rede e o vento lento

que a balança

Amo a água desse rio

barrento

 

Decidi que amo e não lamento

se meu amor deixado ao esquecimento

não cantar mais alto hoje

não sussurrar alguma besteira minha

e se aparentemente eu estiver sozinha

 

Decidi amar sem fronteiras

sem limites, sem barreiras

O feio e o belo, o azul e

até aquela ferida, que deixou

a cicatriz.

 

Decido ser feliz sem prestar contas

Porque no final das contas o que conta

é perder a conta do quanto se ama

Mesmo que digam que o meu amor

é amor mentido, amor fingido,

ou só mote de poema

 

Cristhina Rangel.

 

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 19/01/2012
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