Rito Vital

Na minha bebida não tem gelo e nem morfina

No meu coração, o vai e vem das composições.

No mesmo coração cabe o zelo pela menina

Nos espaço sideral regente, cabe também derrepente as contradições.

Minhas palavras vão com selo e parafina

E meus versos são multidões.

No mesmo envelope vãs lágrimas, sorteios de sentimentos ricos e o olhar de essência até a esquina.

Nem tudo vai ficando em páginas velhas de cadernos...

As palavras escritas somadas são livremente encaixadas para superfaturar valores que não tem preço.

Pintando cores que nas roupas feitas reconheço.

Pintando como compondo nas paginas do tal caderno,

Do jeito que quiser, os riscos perfeitos que fizer.

Os riscos correm pelo papel, ou não, mas sei que não corro o risco de perpetuar uma nova torre de babel.

Criando como vestindo meu terno...

Meu eterno da ternura plena que faz uma cena rara, com risos, confetes e serpentina.

No mundo que invento até o escuro ilumina.

Em meio a olhares e afeto: O professor.

Nele o tempo, o reflexo, um furor...

A luz do saber contamina, pois o simples respirar arte já é também obra divina.