Desertos e Desejos

Compondo o enredo do poema,

o sorriso do sol

transforma o deserto adormecido

em outra estação.

Meu interior, feito antes

de monstros imaginários

e bruxas de asas brancas,

procura a solidez e,

em busca de alento

com barcas de silêncios,

cumpre o exercício

de partir e voltar,

como o sol resplandecente.

Mas muitos não voltam,

porque o caminho é feito

de estrelas movediças.

Agora, aqueço o coração,

pois o amor é matéria

que perfuma os dissabores.

Pedra do espírito, inexprimível.

O universo tem desertos

para que os amantes

meçam a extensão do amor.

Aceito as flores com seus

espinhos e mistérios.

E assim deve ser...

Até o outro tempo chegar.

Sandra Reis
Enviado por Sandra Reis em 09/07/2015
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