Vento, não venha por hoje,
a quietude me basta.
As coisas dançam do outro lado da montanha,
suponho;
bemóis entram por uma fresta de pedra,
 ouço com ouvidos  tão desatentos
que nem sei se é música ou rolar de pedras,
mas por hoje, a quietude,
em mim e à roda da existência,
(ainda que... a Montanha Mágica?)
 
as dores, a descrença, os rituais (contingentes) do amor,
as alegrias puras e tudo mais
estão do outro lado da montanha.



 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 25/07/2016
Código do texto: T5708333
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