Minhas mãos estão contentes
com as flores colhidas e me ofertadas;
as mãos são sempre gratas, amigo.
Mas o meu coração ( que desconhece flores)
sabe a força da nevasca sobre as pétalas nuas,
conhece a dor dos que partiram levando só o desespero,
 dos que ficaram e morreram petrificados,
e dos que rodopiaram  solitários e morreram de si mesmos.
O meu coração quer dormir, amigo,
- para sempre dormir-
colhendo a miraculosa brisa
que um dia me surgiu como invencível tempestade.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 08/08/2016
Código do texto: T5722292
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