55
Sua ignorância é tão plena
Que tuas próprias aflições lhe condenam
Teus sonhos lhe abandonam
E lhe deixam incompleta
Sem saída
E sua única forma de amar acaba sendo perdida
Pessoa vazia?
Ou desolada sem família?
Tadinha, não sabe nada além da vista,
Pensa que vive, mas se esconde na neblina,
Aquela herdada pelas frustrações
De não receber amor
De não ter atenção
Procurar alternativas fora do coração
Não sabe amar
Muito menos ser amada
E sozinha sempre estará atada
Sinto pena de ti
Pois sei que quando sorri
Não é algo verdadeiro
Algo de si
É como uma frágil mascará que sempre cai
E na noite
Quando está sozinha
No silêncio que as paredes ao teu redor ecoam
As lágrimas caem dos teus olhos na fronha
Que ninguém cuidou
Que ninguém amou
E que muito menos eu, tolo deixou
O presente que pensei ser bom
Mas triste é tua vida
Que fica inibida
De fazer o que quer
De ter a liberdade que tanto quis
Que não é tão real assim
Viver sobre luzes piscantes
Sons atordoantes
Pessoas que não sabem o que são
Sinto pena de ti por se dar a tentação
Mas acho que é apenas seu estilo de vida
De fingir ser querida
Sei que é boa a bebida
Enfim
Distraída
Sempre estará
De saia
Mas quando acordar de manhã
E nem um som da cozinha se aproximar
Sem café na cama
E um sorriso compartilhar
E você olhar ao redor
O que será?
Liberdade ou solidão?
Seja lá o que for
Morrer sozinha é uma dor
E eu, sou assim
Tenho o que preciso
E o que quero
Oportunidades de um berço de ferro
Porem doce e esbelto
E sigo bem
Pois tenho algo que poucos tem,
E agradeço
Por não ser você