55

Sua ignorância é tão plena

Que tuas próprias aflições lhe condenam

Teus sonhos lhe abandonam

E lhe deixam incompleta

Sem saída

E sua única forma de amar acaba sendo perdida

Pessoa vazia?

Ou desolada sem família?

Tadinha, não sabe nada além da vista,

Pensa que vive, mas se esconde na neblina,

Aquela herdada pelas frustrações

De não receber amor

De não ter atenção

Procurar alternativas fora do coração

Não sabe amar

Muito menos ser amada

E sozinha sempre estará atada

Sinto pena de ti

Pois sei que quando sorri

Não é algo verdadeiro

Algo de si

É como uma frágil mascará que sempre cai

E na noite

Quando está sozinha

No silêncio que as paredes ao teu redor ecoam

As lágrimas caem dos teus olhos na fronha

Que ninguém cuidou

Que ninguém amou

E que muito menos eu, tolo deixou

O presente que pensei ser bom

Mas triste é tua vida

Que fica inibida

De fazer o que quer

De ter a liberdade que tanto quis

Que não é tão real assim

Viver sobre luzes piscantes

Sons atordoantes

Pessoas que não sabem o que são

Sinto pena de ti por se dar a tentação

Mas acho que é apenas seu estilo de vida

De fingir ser querida

Sei que é boa a bebida

Enfim

Distraída

Sempre estará

De saia

Mas quando acordar de manhã

E nem um som da cozinha se aproximar

Sem café na cama

E um sorriso compartilhar

E você olhar ao redor

O que será?

Liberdade ou solidão?

Seja lá o que for

Morrer sozinha é uma dor

E eu, sou assim

Tenho o que preciso

E o que quero

Oportunidades de um berço de ferro

Porem doce e esbelto

E sigo bem

Pois tenho algo que poucos tem,

E agradeço

Por não ser você

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 25/11/2016
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5834333
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.