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Quando me olhei no espelho e odiei o que vi

Foi então que percebi

Que havia um problema

Que poderia quem sabe me destruir

Era uma venda

Sentia-me baixo

Sentia-me aflito

Mente vaga

Sem destino

Mas tua passagem foi tão breve

Que nem ao menos o retorno comprou

Foi apenas a ida

E vestígios que deixou

Você conseguiu

Me jogou

Do mais alto prédio que encontrou

E meu bem, foi a melhor coisa que poderia ter feito

Cair do para peito

Chocar-me diante dos fatos

De não estar sozinho

De não ser procurado

Fez-me ver o quanto estava atrasado

O ponteiro que contava meus dias, estava parado

E voltando

Como o velho relógio de corda que tenho em casa

E a ilusão que me deu

Deixou-me em prantos

Deixou-me pasmo

Mas por um tempo determinado

Apenas o suficiente para me deixar alto

Revigorado e novo

Como o sol toda manha

Que se põe e nasce

Sempre mais quente

Sempre mais alto

Às vezes meio escondido

Às vezes mais baixo

Mas às 6 horas ele está lá

Iluminado

E sempre

Sempre no mesmo lugar

Porém

O mundo da voltas!

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 25/11/2016
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5834361
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