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Fazia um tempo que não escrevia

Talvez estivesse sem uma razão para isso

Faltava aquele pensamento submisso

Sobre algo que ainda não consigo compreender

Me peguei pensando durante as atividades vespertinas

Comecei a refletir sobre vida

E tudo aqui que rodeia meu ser

E acho que somos como aquela fumaça

Que sai de graça no fim do cigarro

Se dispersa no ar

Involuntário

Temos todos data de validade

Para encarar a realidade

E então sofrer

Nosso breve destino é perecer

Nos momentos que vivemos e iremos ter

Não posso ser tolo em ignorar os fatos

De que vivemos todos no mesmo passo

Uns andam mais rápido

Outros nem conseguem apreciar

E talvez eu seja aquele que senta na beira do mar

A observar

O caos que vive dentro de cada um

E ver a agonia que sentem por dentro

De não encontrarem a razão de viver

De não traduzirem em si e adoecer

Pois bem, ninguém consegue entender

Ao mesmo tempo em que querem ser feliz

Morrer seja a formula magica que tanto quis

E espero pacientemente entre as pessoas que vi

E vivi

Às vezes não é tão fácil sorrir

Como parece

Um movimento simples que a alma agradece

E nesse exato momento a minha se vê em exaustão

Compulsão

Parada, estagnada em depressão.

Sem nenhuma vontade de ser feliz

A musica já não sentido se faz em mim

Assim como toda a arte que fiz

E hoje não sinto mais

É um dia a após dia que as palavras me esfaqueiam por traz

Então decidir mudar

Minha rotina e minha vida

Mudar meus planos

Ouvir novas melodias

Troquei o sabor do cigarro

Troquei os sapatos

E deixei para traz quem já deveria ter deixado

Elaborei um objetivo e me vejo mais calmo

Sem aquela ânsia de dormir o tempo todo

Pois é, acho que me sinto melhor que o outro

Cara que eu costumava ser.

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 24/05/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T6008254
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