N I N H O



o tempo sem pressa desvendando a vida,
o seixo lavado dos fundos dos rios,
o desalinho das plantas silvestres na estrada
o inicio da velhice,
o desvendar dos medos,
o desapego,
o sorriso desesperançado no espelho,
o cair da chuva no terreiro
o fascinio da beleza singela dos flamingos,
o voo desajeitado das garças,
o sabor da batata doce que sai da terra temperada,
o puro olhar da criança,
o desejado beijo do bem amado,
o anônimo sagrado silencioso dentro de si,
o desvendar do simples,
o sorriso inundando tudo sem controle,
o contraditório sem pertubar a razão,
o cheiro das felizes passagens da infância,
o amor na  mansidão fazendo ninho no coração.


 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 27/09/2017
Reeditado em 27/09/2017
Código do texto: T6125982
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