Os Sons
Os sons pela casa
Os sons estrondosos
Os sons vazios
A sala vazia
A mobília empoerada
A casa caindo ao chão
O chão podre
O que derrama do copo é o excesso
Excesso de desejos desejáveis
É como se o som fosse demais
E quando o vento frio no quente passa não alivia a alma
E penso ainda "há alma"
Há alma vazia ainda
O bom de um lado é a alma ser preenchida
E tenho uma certeza
Quero que minha alma brilhe de amor
Quero que minha alma seja clara e límpida
E sons começam novamente estrondosos
Desfazendo meu momento de luz
E a fé escorrega das minhas mãos
Mas ainda quero que minha alma seja um céu
Quero que seja claro como o dia
E brilhante como a noite
Que a escuridão não seja sinónimo de tristeza
Mas que seja sinónimo de descanso
Quero que minha poesia seja feliz e tocante
Mas o som ainda é estrondoso
E isso me tira a paz mas não leva minha alma
Pois minha alma é de criança ainda tem muito tempo e muito para aprender
Minha alma ainda é um broto
Com belas flores em seu interior.