Paz à Natureza

Tudo tão normal tão incinerante

Tudo dentro da normal anormalidade

Brincamos com fogo,por entre as relvas,

Tememos o holocausto tão intinerante.

Fazemos o duelo com o algoz de cada dia

Sempre trememos, sempre calamos

Nunca cantamos, louvamos ou gritamos,

Mas ela está aí pra quem quiser ouvir!

Fala Natureza, fala!

Mostra teus galhos tão magros, tão pálidos

A escurecer antes que o dia acabe,

Temos névoa que a polui incessante e funesta

Temos o dia cálido, triste e sem sorrisos.

Fala folha caída, grita rosa atômica

Clama por Deus, fala e chora por ti mesmo

Não tenhas medo de um dia seres reconhecida

Quando tudo se prostrar em imagem sem luz e sem mais dores.