SONHO DE PAZ


A frivolidade preenche os vazios de tudo

E o mundo insano gira sem qualquer temor,

Onde haverá, no fim, a paz como próprio escudo

De tantos sonhos nossos procurando amor ?



E quando, assim, os prantos vêm fazer morada

No que há de luz em cantos desses túneis sós,

Toda a esperança vislumbra a mesma estrada

Do amor nos labirintos da alma, em nós...



Sem calma, pois, o dia passa em correnteza

De dores camufladas por imagens tão vazias

Que o coração já nos pergunta o que há na profundeza

De tanta incongruência e de tantas covardias...



E se a violência se repete nas telas da TV,

Em cenas tão reais da dor que nos invade,

É melhor fazer do sonho muito mais do que um clichê,

Sonho sempre único de paz na humanidade.



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