LABIRINTOS DA ESSÊNCIA
LABIRINTOS DA ESSÊNCIA
Juliana S. Valis
Acorde e olhe para si mesmo,
Veja na vastidão do tempo
O seu coração que vaga, a esmo,
Sem saber em qual momento
A única certeza poderá levar
Sua alma, como um mar eterno,
Sem calma, como o próprio ar !
É claro que, muitas vezes, a dor
Não possui freios,
Mas não passe como trator
Pelos sentimentos alheios,
Não faça dos ventos da vida
Uma intempérie efêmera de suas vontades:
Sós, imediatas, egocêntricas,
Como se não houvesse tempestades
Do amor pelos labirintos da essência !
Por tudo isso, não se prenda à beleza que vai,
De modo humano e, mesmo, de repente,
Verá que o mundo insano decai
No próprio cárcere de sua mente.