UM RECADO SINCERO - Poema Matuto

UM RECADO SINCERO – Poema Matuto

Meu verso é cuma um gimido;

é meu lamento sufrido,

cá no meu peito, isprimido,

entre a sodade e a dô.

Lhe juro nesse momento:

Êle num é fingimento,

é o pranto do sufrimento,

da farta do seu amô.

É portadô do recado,

do coração remendado,

batendo discumpassado,

no peito do menestrel.

É fruito da inspiração,

qui vem do seu coração,

de você, minha paixão,

mode eu iscrevê cordel.

Quando êsse véi menestrel,

fala de amô e vida,

fala de você, querida,

é verdade, pode crê.

De você, minha doce amada,

qui de mim, usa e abusa,

minha paixão, minha musa,

minha razão de vive.

Munto imbora num pareça,

disso você num s’isqueça:

Num lhe tiro da cabeça,

éis meu eterno pensá.

Mêrmo veio e infadado,

cum meu coração cansado,

cuntinúo apaixonado;

nunca deixei de te amá!...

Bob Motta

NATAL-RN

31.MAI.2008

Bob Motta
Enviado por Bob Motta em 31/05/2008
Código do texto: T1012962
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