Ausência
...
e a flor, pequena e faceira,
deixou as raízes seguras,
aventurou-se por outros mundos.
Buscava aquela brisa,
leve e benfazeja,
cuja existência certa, ela sabia,
novamente a preencheria.
A tempos não podia tê-la,
apenas sentir sua presença
ao longe, sem toque, sem cheiro.
E a busca incessante da flor
comoveu a brisa que se afastara,
mas ela não pôde tocá-la.
E novamente a ausência preencheu
o íntimo da pequena flor, que sem raízes,
de pura tristeza, morreu!