Saudade

a Ana Amélia

Nas despedidas fica sempre um fluido.

Fica sempre um pedaço de luz entre os dedos.

Escorre-se a languidez da brisa.

Lacrimejam-se saudades,

Habitam no silêncio da alma:

choro e felicidade.

Ficam as lembranças de uma dose de humor.

Fica uma pitada de dor.

Escorrega-se o saber do sábio.

Com o rosto em pranto,

Ergue-se na memória uma cor azul.

Um frio estranho fica.

Depois calor...depois música...

Acaba-se, então,soprando flauta.

Elié Silva
Enviado por Elié Silva em 01/07/2008
Código do texto: T1060189
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