SAUDADE
Recordo-te Pai... Nas canções de outrora
Belas serestas em noites enluaradas
Das madrugadas, eras o chilrear dos pássaros
Eterno encanto das almas enamoradas
Cantavas a alegria de viver apaixonado
Envolvido em teus sonhos irreais
Um triste lamento de amor à liberdade
Desprendido dos valores materiais
Vivestes sem cobiça nenhuma
Qual mercador de eternas ilusões
Padecestes por nostálgicos enganos
No mesmo palco que ouviu tuas canções
Recordo-te Pai... Feliz por saber viver
Olhar que não sai do meu pensamento
Boêmio cantando ao som da viola
Viajando ao luar como “filho do vento”